
Embora a GNR só esta sexta-feira venha apresentar um balanço oficial da operação que desde segunda-feira realizou em Samora Correia, que permitiu terminar com uma rede ligada ao tráfico de estupefacientes, e onde eram produzidas lanchas rápidas para o transporte de droga, de acordo com o que o NS apurou, foram detidas 32 pessoas, com idades entre os 20 e cerca de 80 anos, e foram apreendidas cinco lanchas rápidas prontas a utilizar, 8 motores para preparação de novas lanchas, diversas armas, dinheiro e droga.
Os detidos têm estado a ser ouvidos por um juiz de instrução criminal do Tribunal Judicial de Santarém, que lhes aplicará depois as medidas de coação.
A investigação do caso esteve a cargo do NIC da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Lisboa, e a operação, que envolveu as mais diversas valências da GNR, decorreu de forma bastante musculada em Samora Correia, Azambuja, Vila Franca de Xira, Cartaxo, Santarém e Almeirim, e outros concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.
Ao NS, o Tenente-Coronel Canatário, relações públicas da GNR, confirmou a realização da operação, anunciando que todos os detalhes serão dados esta sexta-feira, onde será apresentado o balanço final da operação que nos últimos dias marcou a atualidade na região, e cuja sua realização foi avançada em primeira mão pelo Notícias do Sorraia.
Um dos armazéns onde alegadamente eram fabricadas as lanchas rápidas, que depois eram disponibilizadas aos traficantes via rio Tejo, encontrava-se à saída da cidade de Samora Correia, no sentido Alcochete, junto à Estrada Nacional 118.
O armazém era uma localização privilegiada, uma vez que se encontrava junto ao rio, o que permitiria meter as lanchas na água com facilidade.
O facto de estarem a ser encontradas algumas lanchas, preparadas para o transporte rápido dos produtos estupefacientes, no rio Tejo, nomeadamente no seu troço entre Azambuja e Lisboa, levou a que a GNR avançasse para a investigação, que agora culminou com o desmantelar da rede que se dedicava ao fabrico e tráfico de estupefacientes.
Fonte da GNR, não descartou ao NS que a metralhadora Kalashnikov encontrada há duas semanas em Samora Correia, possa ser de um grupo rival dos agora detidos.
Esta sexta-feira é expectável que não possam vir a ser conhecidas as medidas de coação aplicadas a todos os detidos, que se encontram em celas em vários pontos da região, podendo o interrogatório estender-se durante o fim de semana.