Mito 1: A primeira consulta de medicina dentária da criança deve ser realizada aos 6 anos de idade.
A 1ª consulta deve ser realizada, com o odontopediatra, quando erupciona o primeiro dente “de leite” ou até o bebé completar o primeiro ano de vida. Esta consulta é essencialmente de âmbito preventivo, na qual são abordados os cuidados de higiene oral a adotar, hábitos alimentares, a utilização da chupeta, do biberão, a sucção do dedo, entre outros hábitos. A face, a cavidade oral do bebé e as funções como respiração, sucção e deglutição são também avaliadas.
Mito 2: A pasta dentífrica deve ser escolhida de acordo com a idade indicada na embalagem.
A idade indicada na embalagem não deve ser “o critério” usado para a escolha da pasta dentífrica. Os pais devem consultar sempre com atenção os rótulos da embalagem e confirmar os ppm (partes por milhão) de flúor presentes, mediante a recomendação do Odontopediatra. Geralmente, são recomendadas pastas com 1000 ppm de flúor em crianças desde o nascimento do primeiro dente até aos 6 anos de idade (salvaguardo que entre os 2 e os 6 anos, a criança pode apresentar condições especiais de risco que exijam uma concentração superior a 1000 ppm) e pastas com 1450 ppm de flúor em crianças com mais de 6 anos de idade.
Mito 3: As crianças não precisam de utilizar fio dentário.
O fio dentário deve começar a ser utilizado assim que um dente “de leite” estiver em contacto lateralmente com o dente “vizinho”. Mesmo quando é realizada uma escovagem dentária adequada, as cerdas da escova não conseguem eliminar corretamente os resíduos alimentares que ficam retidos e se acumulam nos espaços entre os dentes. Por isso, idealmente, todos os dias, à noite, antes da escovagem dentária, os pais devem aplicar o fio dentário, ou supervisionar a sua utilização, mediante a idade da criança.
Mito 4: Os colares de âmbar são uma boa opção para aliviar o desconforto dos primeiros dentes.
A erupção dos primeiros dentes está, frequentemente, associada a dor e desconforto nos bebés. Muitas vezes, para o alívio destes sintomas, os pais optam por utilizar os populares colares de âmbar. No entanto, não o devem fazer. Por um lado, não existe evidência científica de que existam benefícios para as crianças ao utilizarem estes colares, por outro lado, existe uma grande convergência de opiniões, relativamente aos riscos da sua utilização para a segurança do bebé, nomeadamente, pelo aumento da possibilidade de estrangulamento ou de asfixia. Por isso, os pais devem deixar de lado esta opção, substituindo-a, por exemplo, pela utilização de mordedores.
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