Corte nos impostos vai deixar mais dinheiro no bolso dos portugueses, esclarece Francisco Hamilton Pereira, partner da EY, destacando a "tendência de redução de carga fiscal das famílias em matéria de IRS".
"Provável e prudente" são os adjetivos usados por Francisco Hamilton Pereira, partner da EY, para classificar os grandes números que o governo de Luís Montenegro e Miranda Sarmento usaram como base para fazer o Orçamento do Estado para 2025.
Trazendo algum alívio fiscal, a proposta é positiva, mas podia ir mais longe? O fiscalista da EY Amílcar Nunes realça o efeito do corte de 1 ponto no IRC, mas vinca que ele só valerá realmente se for "um primeiro passo numa trajetória de redução da taxa nominal" do imposto sobre as empresas.
Desta vez, os impostos que pesam sobre produtos como o tabaco, o álcool e o jogo não vão aumentar. O governo optou por manter as taxas congeladas, no OE2025. De acordo com Amílcar Nunes, especialista da EY em impostos indiretos, há um patamar a partir do qual subir os IEC se torna contraproducente.
Ainda que esteja longe de criar as condições ideais, num país que está no topo da lista da OCDE no que respeita à carga fiscal sobre as empresas (IRC+contribuições autónomas+derramas), o novo Orçamento do Estado reduz o peso que têm de comportar. Amílcar Nunes, da EY, explica quais são os principais
A mensagem que passa com a redução de IRC é positiva, mas o efeito é diminuto, confirma ao SAPO o especialista da EY, Amílcar Nunes. Ainda assim, é importante dar o sinal e dar este primeiro passo na trajetória de redução sustentada da taxa, essencial para Portugal começar a atrair investimento.
A resposta, dada ao SAPO por Amílcar Nunes, da EY, confirma que é assim. A receita fiscal de IRC vai subir 600 milhões. O corte na taxa só terá impacto no ano seguinte e mesmo este será mitigado, acredita-se, por mais lucro e crescimento da riqueza do país.
Um casal com filhos e um salário de 1.500 euros pode ganhar perto de 100 euros. Atualização pode chegar a 900 euros a mais por ano para casais com filhos com rendimentos que atinjam os 10 mil. Veja o seu caso nas tabelas feitas pela EY para o SAPO.
Se aproveitado na totalidade do prazo, os dez anos previstos no OE2025 hoje apresentado, um jovem que ganhe 2.000 euros por mês pode chegar a ficar, em média, com mais mil euros por ano. É o que mostram as simulações feitas pela EY para o SAPO.