Repetidas vezes a Junta de Freguesia de Arroios e a Câmara Municipal de Lisboa foram acusadas de querer tirar da rua as pessoas sem-abrigo que viviam há anos ao redor da Igreja dos Anjos. Agora é mesmo a sério. Mas os sem-abrigo não foram expulsos, antes se encontrou uma solução de vida digna para eles.
São cerca de 100 pessoas que foram realojadas em hostels das redondezas por tempo indeterminado. "Ainda é cedo para podermos assumir quanto tempo ficarão", explica fonte autárquica, confirmando ainda que "estas pessoas vão ser acompanhadas por equipas técnicas e integradas".
Numa ação conjunta com o comandante da Polícia Municipal, acompanhada por Carlos Moedas e Madalena Natividade, respetivamente presidentes da autarquia e da junta, as pessoas sem-abrigo foram retiradas das tendas e alojadas em três hostels da localidade. "As pessoas em situação de sem-abrigo receberam apoio da CML", lê-se na story publicado há uma hora pela freguesia na sua página oficial de Instagram e no Facebook. E quem paga a conta? A Câmara Municipal de Lisboa, confirma a autarquia ao SAPO, que assim encontrou solução para "um dos maiores problemas sociais da cidade".
Agora, é tempo de o Jardim António Feijó ir para obras. A diferença é bem visível no vídeo partilhado pela autarquia nas redes sociais, onde se mostra a rua limpa de tendas e se explica que agora poderá avançar o projeto de requalificação, que irá concentrar-se na "revisão do sistema de iluminação, do pavimento betuminoso, do sistema de rega, das instalações sanitárias públicas, do anexo, e na inclusão de um gradeamento limítrofe da área do jardim, desenvolvendo assim estratégias para o melhoramento da segurança do jardim, tornando o espaço mais atraente, funcional e adequado às necessidades dos moradores e visitantes do local".
Na página da freguesia, os planos para a requalificação são explicados ao público e aos fregueses. "O Jardim António Feijó, conhecido como Jardim da Igreja dos Anjos, passará por uma requalificação abrangente que incluirá a melhoria dos canteiros existentes e a recuperação da vedação. Esta vedação permitirá fechar o jardim à noite, recuperando uma característica antiga e reforçando a segurança, além de assegurar a preservação dos canteiros."