A GNR realiza, há cerca de um mês, uma operação de vigilância permanente à residência de uma procuradora do Ministério Público, situada nos arredores de Setúbal, após a magistrada ter sido alvo de ameaças por correio eletrónico.

Segundo confirmou uma fonte oficial do Comando-Geral da GNR, trata-se de uma operação de natureza reservada, pelo que não foram avançados mais detalhes, sobre nomeadamente a identidade da procuradora ou o teor das ameaças. Segundo a edição do Correio da Manhã desta quinta-feira, avança que a medida foi ativada após avaliação da credibilidade das ameaças, tendo as autoridades decidido garantir segurança constante no local.

A vigilância é feita por patrulhas rotativas compostas por dois militares, provenientes de diferentes postos da GNR da Margem Sul do Tejo, que controlam movimentos junto à habitação, entradas e saídas, numa missão que decorre em regime contínuo, 24 horas.

A procuradora, que reside com familiares, permanece sob proteção, sem data definida para o fim da operação, num contexto que volta a evidenciar as ameaças que magistrados e agentes da Justiça continuam a enfrentar no exercício das suas funções.

A GNR mantém total discrição sobre os contornos da operação, reforçando que se trata de uma medida de segurança preventiva e necessária perante a gravidade da situação.